quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Mito associado ao Signo Escorpião


O signo zodiacal do Escorpião, corresponde na mitologia grega, à lenda de Oríon.

Um dia Júpiter, acompanhado de Mercúrio e Neptuno, pediu asilo a um paupérrimo camponês chamado Hireu, que tinha um boi por única riqueza. Este homem tinha perdido a mulher, mas continuou a ser-lhe fiel, recusando tornar a casar-se. Surpreendido e honrado pela presença dos hóspedes divinos, quis alimentá-los com o que tinha de melhor; sacrificou o boi e pôde, assim, oferecer carne aos invulgares hóspedes. Os deuses aperceberam-se da grandeza do sacrifício e comovidos propuseram-lhe que exprimisse o voto que quisesse.
O camponês reflectiu, considerou a sua vida e a tristeza da solidão, misturada ao seu desejo de se manter fiel à sua desaparecida mulher, e concluiu que o que necessitava era ter um filho. Não um bebé de quem não saberia cuidar, mas de um rapaz forte, simples e bom que fosse a consolação dos seus últimos dias.
Os deuses disseram-lhe para enterrar no jardim a pele do boi que tinha sacrificado e que ao fim de nove meses dela lhe nasceria um filho, sem necessitar de tomar uma mulher.
Assim sucedeu, e Hireu chamou ao rapaz Oríon. Oríon, educado longe de outros jovens e só desenvolvendo actividades físicas, cresceu grande e forte, mas ignorante. Cedo se tornou um excelente caçador.
Um dia que foi visitar Oinopion, provador de vinho, encontrou-se só com a mulher dele e tomado de um frenesim sexual deita-se com ela. Oinopion surpreende-os e cheio de ciúme, depois de o embebedar, fura-lhe os olhos.
Privado do único sentido que podia usar, deixa de poder caçar. Vai consultar o oráculo que lhe diz: «Poderás recuperar a visão, se os teus olhos receberem os primeiros raios de Sol, quando ele nascer. »
Como não se conseguisse orientar, para encontrar a luz, desceu ao mais profundo das trevas, sob a terra, à presença de Hefesto e pede-lhe que lhe empreste o seu aprendiz Cedálion para o guiar.
Com a ajuda deste, recebe os primeiros raios da Aurora, que se apaixona por ele por ser tão belo.
Parte decidido a vingar-se de Oinopion, que quando sabe disso, se refugia aterrorizado junto de Neptuno.
Volta à caça e nos bosques encontra Artemisa, a deusa caçadora e apaixona-se por ela. A deusa quer manter-se virgem e Oríon tenta conseguir tomá-la à força, desviando a sua atenção num concurso de lançamento do disco. Quando ela vai lançar o disco, ele rasga os véus da jovem deusa, que furiosa, bate num rochedo donde faz sair um escorpião que mata Oríon.
Ártemis fica arrependida de o ter morto e vai pedir a Zeus para conceder a imortalidade a Oríon.

É por isso que desde então esta constelação se pode ver brilhar no firmamento todas as noites.

fonte: Michéle Curcio, em Dicionário de Astrologia

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