terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mito de Sagitário


O facto de os Antigos terem representado o signo de Sagitário por um centauro, significa que este signo tem um duplo valor. Os quatro cascos do cavalo repousam sobre a terra, donde tiram a sua força. O ser humano não está desligado do seu lado animal e é dele que faz a força física. Se se deixar tentar por um destino unicamente intelectual, psíquico, se se afastar demasiado das realidades da natureza, o homem perde a força física, a saúde ressente-se, e a sua vida já não é verdadeiramente como deveria ser.

O corpo do homem/centauro do Sagitário eleva-se para o céu, para que participe do universo material na sua carne e do universo espiritual. Esta parte espiritual prepara-se para lançar uma flecha, que será o seu pensamento puro, elevado, actuante.

O mais célebre dos centauros da mitologia grega foi Quíron. Ele era o fruto dos amores de Cronos/Saturno que tinha tomado a forma de um garanhão, com uma oceânide chamada Fílira, filha de Tétis.
Quíron que vivia no monte Pélion, na Tessália, era caçador, acompanhando Diana e dedicou-se ao estudo da Astrologia. Também estudava as plantas medicinais. Tornou-se o educador de numerosas personagens da Mitologia, como por exemplo: Aquiles, Jasão, Eneias e Esculápio.
O povo dos centauros, tinha tanto seres da categoria de Quíron, como também tinha elementos incultos e grosseiros. Eles estavam sob a autoridade de Dionísio. O deus, tendo considerado que Heracles (Hércules) devia ser iniciado nos seus mistérios, sugeriu-lhe que ficasse em casa de um centauro chamado Folo. Dionísio tinha dado bastante vinho aos centauros e tinhas-lhes dito para o darem a provar a Heracles. Os centauros embriagaram-se e não quiseram dar vinho ao herói que zangado, matou bastantes com a sua maça e com setas envenenadas. Os que conseguiram escapar fugiram. Folo ficou muito desgostoso e achou muito injusta esta luta, na qual ele não tomou parte; devia, no entanto, enterrar os mortos. Ao arrancar a um deles uma das flechas picou-se e morreu envenenado. Hércules ficou com muita pena de Folo e enterrou-o no local onde se passou este episódio e que passou a chamar-se de Monte Folo.
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fonte: Michéle Curcio, em Dicionário de Astrologia

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