No pensamento primitivo, Neptuno era o deus das Águas Superiores, das nuvens e da chuva. Posteriormente, tornou-se o deus da água doce e fertilizante e, por último ficou conhecido como o deus dos mares.
Os deuses das lendas e das mitologias surgiram como resultado da projecção das qualidades inerentes à natureza humana. Fica muito mais fácil lutar contra as coisas que não são facilmente compreendidas quando estas são colocadas fora da esfera humana, num lugar como o Monte Olimpo. Os deuses são os responsáveis; nós somos as vitimas de suas excentricidades e caprichos.
Neptuno, indubitavelmente, possui uma relação com as camadas mais profundas da alma individual e universal (o inconsciente colectivo de Jung). É o Senhor das Profundezas, planeta do poder da imaginação que vem do inconsciente.
Neptuno é o arquétipo regente do mar e de todas as coisas liquidas e, como tal, representa os aspectos dos impulsos inconscientes dentro de nós, impulsos esses que são difíceis de serem percebidos ou compreendidos. O poder positivo de Neptuno consiste em agitar as profundezas do ser, fazendo com que a imaginação criativa salte da dura rocha consciência do ego. O ego é a rocha que Neptuno despedaça. Quando os seus rígidos conceitos são dissolvidos, os nossos aspectos neptunianos emergem. Todas as nossas antigas desilusões nadam à nossa frente e começam a se dissolver, somente para serem substituídas por outras. Neptuno traz à tona os cavalos - expressão simbólica da ressurreição da energia cósmica do oceano primordial. Ele conduz os cavalos sobre as ondas, símbolos das forças cegas do caos primitivo. É o rei do inconsciente profundo e das turbulentas águas da vida; desencadeia tempestades, que simbolizam as paixões da alma. É também aquele que domina as tempestades.
fonte: Patrícia Morimando, Netuno
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